Seu carro quebrou? O trânsito parou? A neblina está forte? Veja o que fazer para enfrentar situações adversas na rodovia
Nem sempre o caminho é tranquilo. Pegar a estrada exige constante atenção do motorista e, algumas vezes, situações adversas atrapalham ainda mais a condução nas estradas. O iCarros consultou especialistas em tráfego rodoviário e explica o que fazer quando se deparar com uma emergência na estrada.
Parada repentina:
Imagine você a 120 km/h numa rodovia quando, sem aviso, o trânsito para. O que fazer, e mais, será que os motoristas atrás de você irão parar? Nessa condição, a prática de ligar o pisca-alerta é correta: “Ela serve para alertar os demais motoristas e para evitar uma colisão traseira”, lembra Eduardo di Gregorio, Gerente de Atendimento ao Usuário da Ecovias, empresa concessionária que opera o sistema Anchieta-Imigrantes. “Mas manter distância segura em relação ao carro da frente também ajuda”, acrescenta Pedro Santos, Coordenador de Tráfego da CCR-Autoban (concessionária das rodovias Anhanguera e Banteirantes).
Neblina:
A neblina ocorre quando uma queda brusca na temperatura faz a umidade do ar se condensar e forma-se uma névoa próxima ao solo. Além de incômoda, é perigosa, pois diminui a visibilidade. “A ocorrência de neblina entre maio e julho é maior, principalmente nas regiões serranas”, lembra Santos. Nessa situação, mantenha calma e não tente usar o farol alto para melhorar a visão: “O farol alto vai apenas ser refletido na névoa, o ideal é manter os faróis baixos e usar o farol de neblina, que ilumina para os lados”, acrescenta di Gregorio.
Outra situação comum com a neblina é a condensação da névoa no para-brisa, mas basta acionar o limpador para removê-la. Alguns modelos possuem a função “mist” (névoa, em inglês) que aciona o equipamento apenas uma vez para limpar a condensação no vidro.
Se a névoa estiver muito forte, tente não mudar de faixa, diminua a velocidade e aumente a distância em relação ao veículo da frente. Não use o pisca-alerta para que os demais motoristas não pensem que há um veículo parado. “Nem pare no acostamento”, informa o especialista da Ecovias, “já tivemos acidentes fatais por causa disso. Com neblina, o acostamento só dá problema.”
Quebra sobre a via:
Há situações em que o carro quebra, ou tem um pneu furado, e a maioria dos motoristas simplesmente para no meio da estrada. Isso não é correto. “É preciso o máximo possível achar um ponto recuado fora da via e ficar fora do carro, em local seguro”, recomenda Santos. Se o carro não tiver condições de locomover, é preciso sinalizar com o triângulo com antecedência, instrui o especialista da Autoban: “a sinalização tem que permitir aos demais motoristas tempo hábil para desviar do veículo parado sobre a pista.”
- Para quem tem dúvida sobre como utilizar o triângulo, basta usar como medida passos largos. A referência é a velocidade máxima da via. Se for 100 km/h, por exemplo, a sinalização precisa estar a 100 passos largos de distância do carro parado. Em caso de chuva ou neblina, a relação passa a ser de dois passos largos para cada km/h de velocidade máxima.
Outros veículos parados sobre a pista:
Em algumas situações, por boa vontade, motoristas param no acostamento para ajudar outros, que estão com os veículos quebrados. Apesar de a intenção ser das melhores, a atitude não é, como explica Pedro Santos: “Nós queremos sempre minimizar a exposição do usuário ao tráfego da via para diminuir os riscos de acidente”. Quando avistar um veículo precisando de auxílio na estrada, contate a concessionária ou a Polícia Rodoviária. Eles poderão auxiliar quem está parado e sinalizar devidamente a via para realizar o resgate. “Pedimos aos usuários que nos ajudem e nos comuniquem esses veículos precisando de auxílio”, complementa o Coordenador de Tráfego da CCR-Autoban.
Acidentes:
Se você passar por um acidente na estrada, a pior conduta possível é a de parar e tentar retirar as vítimas dos veículos acidentados. “Se o usuário não tem treinamento médico, não há como saber o que a vítima tem. Tirá-lo do carro pode até piorar sua condição clínica”, orienta di Gregorio. Se o acidente envolver motociclistas, não tente retirar o capacete para não aumentar o trauma. Aqui, vale a mesma dica do tópico anterior. Não pare, mas comunique o ocorrido à administradora da rodovia e ou à Polícia Rodoviária.
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